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Reflexões para a vida – Reflections for life

~ Rev. Dr. Honorio Theodoro

Reflexões para a vida   –  Reflections for life

Monthly Archives: July 2015

Sem concorrentes é mais fácil explorar…

24 Friday Jul 2015

Posted by Rev. Dr. Honorio Theodoro in Artigos em Português - Portuguese Articles

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aplicativo Uber, bons produtos, bons serviços, concorência, livre mercado, mentalidade brasileira, prática protecionista, qualidade de serviços e produtos, taxi, Uber

uber-taxiMeses atrás desembarquei no aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro. Procurei um taxi para ir visitar minha irmã, que mora no Leblon. A fila para o taxi era quilométrica, demostrando aparentemente que a oferta era bem menor do que a procura. Procurei uma alternativa para fugir daquela cansativa espera, depois de quase 12 horas de voo. Encontrei um taxista encostado na porta de seu carro. Era muito bom pra ser verdade. Perguntei-lhe se estava livre e como resposta recebi apenas um “boa noite”. Insisti na pergunta e sua reação foi grosseira e estranha. Ele apenas interpelou-me: “Você não sabe dar boa noite?” Constrangido, respondi com um “boa noite” meio sem graça, diante da reação grosseira do taxista. Insisti na pergunta se ele estava livre. Veio então, como resposta, uma segunda pergunta: “Para onde você vai?”. Já sem paciência, respondi que aquilo não era importante para o momento e que eu queria apenas saber se ele estava livre. Nosso tenso diálogo terminou com sua sentença arrogante: “Eu não transporto passageiros sem educação”. Fiquei meio surpreso e sem entender direito. A explicação veio de um senhor que aparentemente trabalhava por ali por perto, e conhecia bem aquela prática: “Eles ficam aqui selecionando as corridas, eles não levam passageiros para corridas curtas e baratas”, explicou o senhor. Aí, caiu a ficha!

O imbróglio envolvendo taxistas, o aplicativo Uber e o poder público nas tentativas de regulamentação do aplicativo revela uma prática protecionista impregnada na mentalidade brasileira que compromete a concorrência, fator determinando para o desenvolvimento de melhor qualidade de serviços e produtos. Na economia de livre mercado a regra tem que ser, vence e prospera quem oferece o melhor serviço ou o melhor produto. Infelizmente, este protecionismo de mercado impregnado na mentalidade brasileira tem atravancado o desenvolvimento de bons serviços e bons produtos no país. É bom que tenhamos o aplicativo Uber e outras tantas, quanto possíveis, alternativas para este e outros serviços e produtos brasileiros. Além dessa mentalidade protecionista, as poucas concorrências em serviços e produtos que temos, ainda são comprometidas com a formação de carteis que controlam setores. Que venha o aplicativo Uber e todas as formas de concorrências para este e para outros serviços e produtos. Somente assim, com a forte competitividade de livre mercado teremos um país desenvolvido, onde o consumidor é respeitado e bem servido.

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Sistêmico e epidêmico.

17 Friday Jul 2015

Posted by Rev. Dr. Honorio Theodoro in Artigos em Português - Portuguese Articles

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amado Brasil, bons costumes, comportamento íntegro, corrupção, corrupção impregnado, corrupção sistêmica, epidemia nacional, frouxidão ética, mensalão, petrolão, poderosos governantes, princípios éticos, vozes da justiça

Fui criado num regime disciplinar extremamente rígido. Meus pais, de uma tradição familiar conservadora sempre exigiu de nós um comportamento íntegro e irrepreensível em todo e qualquer situação. corrupçãoSou do tempo que o professor estava sempre certo, e ai de nós se chegássemos em casa com algum tipo de reclamação da escola. Estou seguro de que tal estilo de disciplina familiar legou-nos, a mim e a meus irmãos, fortes princípios éticos que nos impedem de praticarmos deliberadamente atos reprováveis. O policialmente de nossos próprios valores é muito mais forte do que pressão que os padrões sociais possam exercer em nossas atitudes e comportamentos. Isto faz uma enorme diferença.

Lendo sobre os acontecimentos que tem ocupado os noticiários de nosso país há alguns anos, tenho a sensação de que a frouxidão ética tomou uma proporção insuportável em nossa nação. Precisamos, como condição sine qua non para que o nosso país avance, romper, sem mais detença, com este ciclo vicioso que tem acorrentado nosso gigante.

A corrupção sistêmica precisa ser confrontada e vencida. Há quem diga que na política brasileira ninguém é capaz de suportar a pressão da corrupção sistêmica. Entrou na política, se corrompe. Já ouvi até mesmo, que gente boa não deve entrar na política, porque se estraga. Parece ter um certo viés de corrupção impregnado na política brasileira. É desalentador ver que a corrupção no nosso país não é mais um fato isolado, ou um caso esporádico. A corrupção é a regra. Ela está em todas as esferas e em todos os níveis. Desde os funcionários públicos que servem à população, aos poderosos governantes que dirigem o país. Desde as quitandas da esquina, às grandes empreiteiras. Desde as organizações criminosas com suas megas estruturas, às megas igrejas com seus estilos empresariais. O sistema é opressor. Não se envolver com corrupção é um grande desafio que exige um esforço hercúleo, mesmo dos homens de bem e de bons costumes. A corrupção é tão antiga quanto a existência dos primeiros núcleos sociais. O problema é quando ela se torna sistêmica, e quando sua holisticidade leveda toda massa social. Neste ponto, o enfrentamento precisa ser peremptório, doa a quem doer, servindo-me da afirmação recente do senhor Leandro Daiello Coimbra, Diretor Geral da Policia Federal. A ruptura desta cadeia de corrupção sistêmica não acontece apenas com o fim do mensalão, do petrolão ou de qualquer outro. Ela é o resultado do esforço obstinado, mesmo que seja de uma pequena minoria, que esteja disposta a pagar o preço para construir um país melhore e mais justo.

Nestes últimos anos nos governos do PT, os sinais indicam que a corrupção tornou-se epidêmica no país. Esta é uma constatação factual, lamentavelmente. Desculpe-me, meus amigos petistas ou simpatizantes. Aqui não vai nenhuma critica partidária. Pelo contrário, eu sempre fui afinado com valores apregoados pelo petismo. Minha percepção é de que o PT não soube sobreviver à sedução do poder. Como desabafou, semanas atrás, o ícone maior do petismo, Luiz Inácio Lula da Silva: “Hoje nós precisamos construir isso [a utopia] porque hoje a gente só pensa em cargo do partido, a gente só pensa em emprego, a gente só pensa em ser eleito e ninguém hoje mais trabalha de graça”.[1] O PT que nasceu das bases da classe trabalhadora, que apregoou nas suas origens a austeridade e os mais sublimes ideais sociais, chafurdou-se no mais terrível lamaçal de corrupção, nunca antes visto na história desse país. A corrupção não está mais circunscrita aos currais das bestas feras do poder. Ela tornou-se uma quase incontrolável epidemia nacional. O remédio é amargo, mas não há outro caminho a não ser extirpar do poder os corruptos, corruptores e seus tentáculos, doa a quem doer. A minoria ética não pode arrefecer os ânimos. Ela precisa ser pertinaz e incansável para escrever uma nova história do gigante, hoje acorrentado e imobilizado pelo teias da corrupção.

Oxalá não se calem as vozes da justiça. Tomara, prevaleça o bem, a justiça e a verdade, neste turbulento momento que vive nossa nação. Queria Deus que nosso gigante se desvencilhe dos emaranhados da corrupção. Viva nosso querido e sempre muito amado Brasil!

            [1] Acessado em 17 de julho de 2015. (http://oglobo.globo.com/brasil/lula-defende-revolucao-interna-no-pt-hoje-gente-so-pensa-em-cargo-16518440#ixzz3gApU3xV7)

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Know thyself.

10 Friday Jul 2015

Posted by Rev. Dr. Honorio Theodoro in English Articles - Artigos em Inglês

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freedom, Freud, happiness, human happiness, Know thyself., rationality, Reputation, self-understanding, Socrates, tree good

As water reflects the face, so one’s life reflects the heart. (Proverbs 27:19 NIV)

Questioning the truth

The sentence “know thyself” is a quote imputed to the Greek Philosopher Socrates, which guided a philosophical thought since the V Century B.C. until a change on the philosophical analysis introduced by Freudians concepts, on the XIX Century. To the Occidental philosophy from Socrates, human happiness is based on full self-understanding only reached through rationality. After Freud, another approach about self-understanding became popular. Emotions started to be recognized as an essential part in this process. So, there is no way of being happy without self-understanding, and the only way to understand ourselves is through emotional transparency. Therefore, only freedom of emotions suffocated by consciousness can bring us human happiness. Humanity has always been in a frenetic search for happiness. Our Lord Jesus lived and taught the Gospel that restored human happiness, in a world full of Socrates racism. In this rationalist world, the search for happiness was based only on full understanding of truth. Moreover, truth was based on absolute self-understanding, trough-exercising rationality.

Because of that, Jesus was questioned several times about “what is the truth”. In the flow of such questions Jesus had taught us the way for real human happiness, which is not based on self understanding through of the rationality paths of Socrates, or even less on the self understanding by release of the pleasure, through overcoming of superego, of Freud. Jesus presents the truth as an understanding of ourselves, through the Creator’s revelation. God, only God as the creator of human kind, is capable of knowing you completely and deeply. Only through a perfect understanding of who we are, through God’s revelation can ensure us genuine happiness.

Having 31 years old and suffering of an agonizing depression, C.S Lewis gave up atheism and hold on to the Christian faith, becoming a huge defense of self understanding through God’s revelation as the only and not replaced way to true happiness.

After becoming Christian, he started to state that happiness would become the main history in his life. This way, he discovered happiness that is born from restoration of our relationship with the Creator. It is the miracle of God’ salvation in Christ making our heart as God’s home that reveals who we are in fact. Because of that Solomon said: “… So one’s life reflects the heart”[1]. In Matthew 12:33 and 34, Jesus compares us to a tree, and in such metaphor He shows perfect harmony as a fruit of self understanding through God’s revelation.

First of all, He states that we are what we produce. “Make a tree good and its fruit will be good, or make a tree bad and its fruit will be bad, for a tree is recognized by its fruit.”[2] For several times we use this verse to explain who are our brothers and sisters and other people. But, that is not Jesus emphasis. If we return to the beginning of the chapter, we will notice that Jesus was dealing with hypocrisy from Pharisees. So that, what Jesus was trying to say here was: Know yourself. Through our fruits we know who we are. Our identity is based on what we produce or leave as legacy. Wherever we go, we sow a little bit of who we are. If we sow peace and happiness, we are from the kingdom of life and fellowship; if we sow hate and fray, we are from the kingdom of darkness and death. Who we are? Our fruits will reveal it.

Secondly, He shows us that each person’s integrity is defined by coherence between what is in fact and what seems to be. “You brood of vipers, how can you who are evil say anything good?“[3] Hypocrisy is to live peacefully with the incoherence of being bad showing good things. True happiness in Christ lays on an authentic life, recognizing our weaknesses and showing ourselves without fear or hypocrisy. There is only one-way to beat our weaknesses: To recognize them! Reputation is what everyone shows to others; character is what is shown through the omniscient power of God. There is no way to happiness living a lie to yourself. Knowing yourself is to do not accept the incoherence between “to be and what seems to be”. Authenticity is a way that leads us to freedom and brings us peace and abundant life. The lightness of an authentic life with no masks is the most precious pearl that adorns a Christian’ life.

In third place, Jesus teaches us that we are the result of what we feed ourselves. “A good man brings good things out of the good stored up in him, and an evil man brings evil things out of the evil stored up in him.”[4] We are a result of what we feed ourselves with. If we feed ourselves with good and healthy things, in return we will have health and wellness. So, that we are also a result of what we hear. If we hear mumbles, complaints and pessimism, from our hearts we will pull bitterness, sadness and defeat. We take from our heart what we allow to fall in it. And, goes into our hearts, things that come through our ears.

My experienced father always taught us that: “a heart becomes pregnant through the ears. So that, be very selective to what you allow your ears to hear”. All Christian virtues ensue from perfect self-understanding. There is no possibility to be happy without knowing the truth about ourselves. The word of God is the mirror that shows who we are. Without such understanding, we will never reach happiness. Therefore, Jesus said: “Then you will know the truth, and the truth will set you free”.[5] May God bless us and make us know who we really are. Only this way, we will reach genuine happiness in our Christian life.

            [1] Proverbs 27:17, NIV

            [2] Matthew 12:33, NIV

            [3] Matthew 12:34, NIV

            [4] Matthew 12:35, NIV

            [5] John 8:32, NIV

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Conheça-te a ti mesmo.

10 Friday Jul 2015

Posted by Rev. Dr. Honorio Theodoro in Artigos em Português - Portuguese Articles

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autoconhecimento, árvore boa, bom fruto, conceitos freudianos, conheça-te a ti mesmo, felicidade genuína, felicidade humana, o que é a verdade, Socrates, verdadeira felicidade, virtudes cristãs

Assim como a água reflete o rosto, o coração reflete quem somos nós. (Rei Salomão em Provérbios 27:19 NVI)

Verdade

 É atribuída ao filósofo grego Sócrates a célebre sentença “conheça-te a ti mesmo”, que orientou o pensamento filosófico desde

o século V a.C. até a mudança da vertente filosófica introduzida pelos conceitos freudianos, no século XIX. Para a filosofia ocidental socrática a felicidade humana está nopleno autoconhecimento alcançado exclusivamente pela razão. A partir de Freud, uma outra abordagem sobre o autoconhecimento passou a imperar. As emoções passaram a ser reconhecidamente a parte fundamental desse processo. Ou seja, não há como uma pessoa ser feliz sem o autoconhecimento e a única possibilidade do autoconhecimento seria a transparência, na área das emoções. Assim, apenas a liberação da emoções sufocadas pelo consciente poderia trazer a felicidade humana. A
humanidade está sempre, numa frenética busca da felicidade.

O nosso Senhor Jesus viveu e ensinou o Evangelho restaurador da felicidade humana, num mundo inebriado pelo racionalismo socrático. Neste mundo racionalista, a busca pela felicidade consistia no pleno conhecimento da verdade. E, a verdade por sua vez, consistia no absoluto conhecimento de si mesmo, pela exercício da própria razão. Por isso, inúmeras vezes Jesus foi questionado sobre “o que é a verdade”. Na correnteza de tais indagações Jesus ensinou-nos o caminho da verdadeira felicidade humana que não está nem no autoconhecimento pelas trilhas do racionalismo socrático, muito menos no autoconhecimento pelo liberação do prazer pela superação do superego, de Freud. Jesus apresenta a verdade como sendo o conhecimento de nós mesmos, através da revelação do Criador. Deus, somente Deus como criador do ser humano pode conhecê-lo completa e profundamente. Somente o conhecimento perfeito de quem somos, através da Revelação de Deus, pode nos proporcionar a felicidade genuína.

Aos 31 anos de idade, chafurdado numa agonizante depressão, C. S Lewis rompeu com o ateísmo e abraçou a fé cristã, tornando-se um grande defensor do autoconhecimento através da revelação de Deus, como único e insubstituível caminho para a verdadeira felicidade. Com sua conversão, passou a afirmar que a alegria se tornara a história central de sua vida. Assim, ele descobriu a felicidade que nasce do restabelecimento do nosso relacionamento com o Criador. É o milagre da salvação de Deus em Cristo, tornando nosso coração habitação de Deus, que nos revela quem de fato somos. Por isso o sábio Salomão afirma: “… o coração revela quem somos nós”[1] . Em Mateus 12:33 a 34 Jesus nos compara a uma árvore e nesta metáfora Ele desvenda a perfeita harmonia, fruto do autoconhecimento que provém da revelação do Pai.

Em primeiro lugar, Ele afirma que somos o que produzimos. “Considerem: Uma árvore boa dá fruto bom, e uma árvore ruim dá fruto ruim, pois uma árvore é conhecida por seu fruto”.[2] Muitas vezes usamos esse versículo para argumentar quem são nossos irmãos, ou outras pessoas. Mas essa não é a ênfase de Jesus. Se retornarmos ao início do capítulo veremos que Jesus estava tratando com a hipocrisia dos fariseus. Assim o que Jesus quer aqui dizer é, conheça-te a ti mesmo. Através dos nossos próprios frutos nós sabemos quem somos. Nossa identidade é firmada naquilo que produzimos ou no que deixamos como legado. Por onde passamos, semeamos um pouco do que somos. Se semeamos paz e alegria somos do Reino de vida e comunhão; se semeamos ódio e contendas, é porque somos do Reino das trevas e da morte. Quem somos? Nossos frutos nos revelam.

Em segundo lugar, Ele mostra, que a integridade de cada pessoa é definida por sua coerência entre o que é, e o que se aparenta ser. “Raça de víboras, como podem vocês, que são maus, dizer coisas boas?”[3] Hipocrisia é conviver pacificamente com o contrassenso de ser mau e aparentar coisas boas. A verdadeira felicidade em Cristo repousa em uma vida autêntica, reconhecendo nossas fragilidades e expondo-nos sem medo e sem hipocrisia. Só há uma forma de vencer nossas fragilidades: reconhecendo-as! Reputação é o que cada pessoa se mostra diante do próximo, caráter é o que se mostra diante do onisciente poder de Deus. Não há nenhuma possibilidade de felicidade, vivendo uma mentira para si mesmo. Conhecer-te a ti mesmo é não aceitar a desastrosa dicotomia do “ser e do aparentar ser”. A autenticidade é a pavimentada estrada que nos conduz à liberdade que nos traz paz e vida abundante. A leveza de uma vida autêntica, sem máscaras é a mais preciosa pérola que adorna o caráter cristão. Em terceiro lugar, Jesus nos ensina que somos resultado daquilo com que nos alimentamos. “O homem bom do seu bom tesouro tira coisas boas, e o homem mau do seu mau tesouro tira coisas más”.[4] Somos o resultado daquilo que comemos. Se nos alimentamos de coisas boas e saudáveis teremos como recompensa saúde e bem estar. Assim também somos resultado daquilo, para o que oferecemos nos ouvidos. Se ouvimos murmurações, queixas e pessimismo, do nosso coração tiraremos amargura, tristeza e derrotismo. Tiramos do coração aquilo que permitimos descer ao coração. E, desce ao coração aquilo que entra pelos nossos ouvidos.

Meu velho pai tinha uma máxima que sempre nos ensinou: “o coração se engravida pelos ouvidos. Por isso, selecione bem aquilo para o que você empresta seus ouvidos”, dizia ele.

Todas as virtudes cristãs emanam do perfeito autoconhecimento. Não há possibilidade de felicidade sem conhecermos a verdade sobre nós mesmo. A Palavra de Deus é o espelho que nos revela quem somos. Sem tal conhecimento jamais alcançaremos a felicidade. Por isso, disse Jesus: “…e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.[5] Que o Senhor nos abençoe e nos faça conhecer quem de fato somos. Só assim, alcançaremos a mais genuína felicidade da vida cristã.

[1] Provérbios 27:19, NVI

            [2] Mateus 12:33, NVI

            [3] Mateus 12:34, NVI

            [4] Mateus 12:35, NVI

            [5] João 8:32, AA

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E se a máquina de cortar grama não funciona…

05 Sunday Jul 2015

Posted by Rev. Dr. Honorio Theodoro in Artigos em Português - Portuguese Articles

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cuidar do jardim, máquina de cortar grama, nossos sonhos, persistência, pessimismo, Salomão, sofreu uma pane, soluções viáveis, Tentativas frustradas, Thomás Edison, velhas amizades

Ela já é de meia idade. Já precisou de algumas recauchutagens, e já não é como era quando novinha. Já pensei em trocá-la por uma mais nova, mas é caso de amor antigo, não adianta. Foi um presente de um grande amigo, a quem admiro muito, Dr. Peter Heslin, quando anos atrás, mudou-se para Sidney, Austrália. Ela me acompanha há anos. Minha velha máquina de cortar grama já da sinais de cansaço, e parece insistir pedindo para aposentar-se. Eu insisto em tê-la comigo, não apenas por uma questão econômica, mas acima de tudo por uma questão afetiva. Gosto de amizades antigas. Gosto de cuidar das velhas amizades e investir em novas. PersistênciaAssim, ela vai vencendo os anos como minha companheira, nos meus agradáveis momento de cuidar do jardim. Cuidar da grama, cortá-la e aduba-la regularmente é uma prazerosa atividade que oxigena minha mente e alivia minhas tensões. A tradição americana de grandes gramados em frente às casas é criteriosamente fiscalizada pelo poder público. Se não cuidamos dele, mantendo-o em bom estado, recebemos uma advertência do governo municipal. Se insistirmos no desleixo, o próprio governo municipal cuida e envia-nos a conta do serviço. Assim, cuidar bem da grama de nossas casas é quase um dever cívico. Claro, não é tarefa fácil, mas eu mesmo gosto de fazê-la, ao contrário da maioria dos americanos que paga 25 ou 30 dólares aos “grameiros”, por cada vez que cortam suas gramas. O gratificando é o fim da tarefa quando sinto aquele agradável cheiro da natureza. É uma gostosa sensação vê-la bem cuidada, parecendo agradecer nos dias subsequentes, devolvendo-nos um verde todo especial, cheio de vida. Para mim, preparar as máquinas e seguir uma sequência ordenada e organizada nesta tarefa sabática é um prazeroso ritual. Dias atrás, quando preparava as máquinas para meu ritual sabático, algo desafinou a rotina. Minha velha máquina sofreu uma pane, consequência de uma grande chuva que caiu nos dias anteriores, provavelmente molhando partes vitais do motor. Por maiores que fossem meus esforços, ela não funcionava. Enquanto tentava, chegou meu amigo Luciano Silveira, juntamente com Celídio, meu genro. Nós três insistimos na tentativa de fazê-la funcionar, sem sucesso. Por fim, Luciano sentenciou o fim da minha velha máquina, apoiado pelo meu genro: “Pastor, essa pode ir para o lixo”. Ainda esperançoso de ver minha velha companheira voltar a funcionar, decidi guarda-la para novas tentativas, outro dia. Quando já estava colocando-a no depósito, resolvi fazer a última tentativa, e para minha surpresa, funcionou. Cortei minha grama, e minha velha companheira parece ter ainda muito fôlego para seguir comigo, por muito tempo.

Minha experiência naquela manhã de sábado me fez refletir sobre o quanto é importante persistir. A vitória pode estar exatamente na próxima tentativa. Fiquei imaginando quantas vezes desistimos quanto estamos tão perto. Tenho tentado pautar minha vida em alguns princípios que tem me ajudado, muitas vezes. Não sou especialista no assunto, por isso, minhas percepções sobre a matéria não possuem fundamentações científicas, mas baseiam-se no empirismo da vida. Pode ser que funcione para você, também:

1) Tentativas frustradas não podem ser contabilizadas como derrotas, precisam ser encaradas como passos no processo das conquistas – Os grandes homens da história universal não se tornaram célebres apenas por serem gênios, mas acima de tudo por serem persistentes. Thomas Alva Edison registrou durante sua vida, 2.332 patentes de suas invenções. Aperfeiçoou e sistematizou a produção maciça de inúmeros de seus inventos.[1] Foi um pertinaz perseguidor de resultados e sempre via seus aparentes insucessos como passos, no processo da conquista. Suas convicções pessoais alimentavam sua persistência: “Muitos dos fracassos desta vida estão concentrados nas pessoas que desistiram por não saberem que estavam muito perto da linha de chegada.[2] Tenho sempre, em minha vida, tentado perseguir o princípio de que o último passo é o passo da conquista, e não da desistência. Sempre haverá mais um tentativa, até que objetivo seja alcançado. O último passo nunca deve nos levar à desistência. O último passo precisa ser o passo que nos coloque no podium.

2) A murmuração e o pessimismo comprometem o espírito de persistência e adiam as conquistas – Naquele sábado, quando as primeiras tentativas de fazer a máquina funcionar sinalizaram que ela parecia ter chegado ao fim, eu comecei a murmurar, mentalmente. Imediatamente lembrei-me de uma mensagem que eu havia recebido naquele dia, logo pela manhã. Um grande amigo me pedia que orasse por sua viagem missionária para San Marcos, interior do Texas, onde 2 mil pessoas haviam perdido suas casas, devido às fortes chuvas da semana. Senti-me profundamente envergonhado por estar murmurando por algo tão banal. Eu murmurava apenas porque minha velha máquina de cortar grama não queria funcionar, enquanto milhares de pessoas há poucas milhas de mim sofriam o desfortúnio de terem perdido suas casas. Na maioria das vezes murmuramos por coisas tão insignificantes, enquanto pessoas ao nosso redor enfrentam problemas infinitamente maiores. Paulo nos encoraja a sermos gratos em todas e quaisquer circunstâncias: “Dêem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus”.[3] Dar graças à Deus por tudo é reconhecer que Deus está no controle de nossas vidas e que cuida de nós todo tempo.

3) Uma pausa em nossas tentativas permite que nosso cérebro trabalhe alternativas e soluções viáveis – Não sei qual o fundamento científico. Mas, eu creio que enquanto ocupamos nossas mentes com outras coisas que não sejam o foco do problema que estamos vivendo, desconectamos, dormimos ou descasamos, nossas mentes trabalham como que em segundo plano, numa espécie de reflexão inconsciente, buscando soluções para o problema. Não foram poucas as vezes que eu coloquei em “stand by”, algo com que eu estava trabalhando, e quando voltei a pensar sobre o assunto, fluiu soluções claras e simples. Muitas vezes, deitei-me com algo que parecia insolúvel em minha mente, e surpreendentemente ao acordar pela manhã, a solução veio de forma tão clara, como a luz do dia. Gosto de pensar que isso tem conexão com a afirmação do sábio Rei Salomão: “Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeastes; aos seus amados Ele o dá enquanto dormem”.[4] Parece-me que a maioria dos gigantescos desafios diários do Reino de Salomão eram solucionados, servindo-se desta extraordinária habilidade de nossas mentes, de trabalhar enquanto dormimos. Além, é claro, do sobrenatural “overnight” cuidado de Deus conosco, podemos ainda contar com este fantástico poder de nossas mentes, criadas por Deus. Tenho a sensação de que quando afrouxamos a pressão sobre elas e relaxamos, elas trabalham de forma criativa e infinitamente melhor, trazendo soluções simples e funcionais para nossos desafios. Fico imaginando quantas vezes na vida desistimos de coisas que estávamos a um passo de conquistar. O grande inventor Thomas Edison era obcecado em tentar mais uma vez. Ele disse: “Nossa maior fraqueza está em desistir. O caminho mais certo de vencer é tentar mais uma vez”[5]. Desistir é a desastrosa maneira de enterrar definitivamente nossos sonhos. Persistir é a única maneira que nos leva a alcança-los. Se você já tentou muitas vezes, tente mais uma. Quem sabe este será o último e decisivo passo para conquistar o seu sonho.

Nosso dia-a-dia está cheio de boas lições de vida, basta estarmos antenas e veremos. Há sempre uma velha máquina de contar grama perto de nós, nos ensinando grandes lições. Que Deus o abençoe!

[1] Acessado em 4 de julho de 2015, https://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Edison#Inven.C3.A7.C3.B5es

[2] Tomás Edison, Acessado em 4 de julho de 2015, http://pensador.uol.com.br/autor/thomas_edison/

[3] Apóstolo Paulo em 1 Tessalonicenses 5:18 (NVI)

[4] Rei Salomão em Salmos 127:2 (RA)

[5] Thomas Alva Edison. Acessado em 05 de julho de 2015, http://kdfrases.com/frase/117475

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