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Reflexões para a vida – Reflections for life

~ Rev. Dr. Honorio Theodoro

Reflexões para a vida   –  Reflections for life

Category Archives: Lições da VIda

Eles seguem nossos passos…

22 Thursday Oct 2020

Posted by Rev. Dr. Honorio Theodoro in Lições da VIda

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aprendizado, ensina a criança, exemplo, filhos, imita, netos, valores, vida adulta

Acordei às quatro horas da manhã para levar um amigo ao aeroporto. Ainda meio inebriado pelo sono da madrugada, abri cuidadosamente a gaveta, para não acordar minha esposa, para pegar uma meia. Desci, apressadamente, peguei meu tênis e observei que tinha, dentro dele, uma meia. Sentei-me para calça-lo, e qual foi minha surpresa ao encontrar dentro dele uma pequena meia da minha netinha, de apenas um aninho. Meu Denguinho, como costumo chama-la, observou que o vovô sempre colocava a meia dentro do tênis e seguiu meus passos, fazendo o mesmo. Rir muito, naquela madrugada, ao ver aquela minúscula meia dentro do meu tênis.

Fiquei pensando na força do exemplo, e como nossos filhos e netos seguem nossos passos. A bíblia nos encoraja: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” (Provérbios 22:6). Nossos filhos e netos levarão até a velhice aquilo que aprenderam conosco. Eis aí nossa grande responsabilidade. Nada é tão forte nesse processo de aprendizado, como o exemplo. Nossos filhos e netos replicarão em suas vidas, nosso caráter, valores, sentimentos nobres e tudo mais quanto verem em nós. A partir disso, eu me pergunto: como será a vida adulta de nossos filhos e netos? Nosso exemplo de vida responderá…     

Militância de ódio

14 Thursday Nov 2019

Posted by Rev. Dr. Honorio Theodoro in Lições da VIda

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Amigos, ódio, brasil, conservador, democracia, direita, eleições, esquerda, governo, liberal, militância, petista, politica, STF

Uma das mais preciosas das liberdades, é a liberdade de expressão e opinião. Há um equivocado ditado popular que diz: “Futebol, politica e religião, não se discutem.” Eu digo equivocado, porque acredito que o problema não está nestes temas, mas na intransigente, intolerância e arrogância em pensar que a nossa verdade é a única verdade.

Tenho assistido com perplexidade e muita tristeza os embates políticos nas mídias sociais, no Brasil. Aliás, mídias que deveriam servir como ferramentas para amplificar amizades, tornaram-se armas deletérias, destruindo longas e velhas amizades.

Vejo pessoas que frequentemente postam opiniões agressivas, com adjetivações genéricas e ofensivas, sem a mínima preocupação de que elas alvejam seus amigos que estão num espectro politico oposto ao seu.

Isso que chamo “militância de ódio” agigantou-se enormemente com a derrocada da esquerda, nas ultimas eleição. Eu até relevo, quando vejo tais comportamentos em pessoas simples, que não tiveram oportunidade de receber uma melhor educação. No entanto, me assusta o numero de pessoas com uma boa formação acadêmica, chafurdadas nessa “militância de ódio”.

Vejo ainda que essa “militância de ódio” é alimentada muito mais pelas divergências no campo da ética, do que propriamente por considerações mais holística sobre a realidade do país. Para exemplificar: é bem sabido que o grupo político que assumiu a governança do país nas últimas eleições é de orientação conservadora nos costumes e liberal na economia. A mais ferrenha e aguerrida “militância de ódio” parte de grupos e pessoas mais liberais na ética. O “elenão”, capitaneado por artistas e pseudointelectuais, é uma interessante amostra desta minha constatação. Homossexuais, artistas e outros grupos com tendências mais liberais nos costumes, sentem-se acuados e desconfortáveis com uma nova orientação que se impõe no país. O mesmo desconforto, experimentou os brasileiros de orientação conservadora, durante os anos de governança esquerdista estatizante e liberal nos costumes, sob a qual o país esteve nas ultimas décadas. A diferença, no entanto, está nessa novidade da “militância de ódio” que eclodiu com a derrocada da esquerda, inconformada com a reação conservadora nos costumes e liberal na economia, nas últimas eleições.

O que me assusta ainda muito mais, é a gasolina que vem jorrando da boca do “Guru Mor” da esquerda, colocando mais lenha na fogueira, o que o país menos precisa nesse momento. Acobertado por um STF confuso e contraditório, que muda de direção ao sabor dos ventos de seus interesses pessoas, o “Guru Mor” atiça mais o fogo da “militância de ódio”. Fosse o Brasil uma frágil democracia, já teria sucumbido à “militância de ódio”, ensejando arroubos totalitários da truculenta direita militarizada. Que o Soberano Deus, que se diz ser brasileiro, olhe para Sua pátria.

Hoje, completo MENOS um ano de vida.

11 Wednesday Nov 2015

Posted by Rev. Dr. Honorio Theodoro in Lições da VIda

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aniversario, contar os nossos dias, conteúdo, gente humana, jabuticabas, Mario de Andrade, O tempo é curto, perder tempo, prepara-te para morrer, rótulo, rir de tropeços, Rubem Alves, Se queres viver, Sigmund Freud

Pode parecer estranho e até melancólico, mas é isso mesmo: MENOS um ano de vida. Em rigor não seria hoje, mas como não sei o dia da minha partida, considero o dia da minha chegada.Se queres viver, prepara-te para morrer

O neurologista austríaco de origem judaica, criador da psicanálise, Sigmund Freud discerniu com sabedoria o segredo da vida: “Se queres viver, prepara-te para morrer”. Este conceito freudiano não está tão distante, nem é muito diferente do conceito judaico-cristão da vida. O salmista clama ao Senhor: “Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria” (Salmos 90:12). Na sua oração, o salmista nos ensina que atinar para a finitude da vida e considerar com naturalidade a efemeridade dela é alcançar a verdadeira sabedoria. Alienados são aqueles que vivem como se a vida terrena fosse infinita, como se não houvesse um deadline para cumprir a nossa missão na terra. Os insanos desperdiçam suas vidas com banalidades, sentimentos mesquinhos e buscas de trivialidades efêmeras. O profeta Amós, no capitulo 4, condena veementemente as banalidades e a insensatez do povo de Israel, concluindo com uma séria advertência: “… prepare-se para encontrar-se com o seu Deus.” (v.12).

Hoje, completo MENOS um ano de vida, isto mesmo. É muito provável que aos 56 anos, eu já tenha vivido mais do que ainda viverei. É um desatino ignorar que não haverá um fim nesta nossa efêmera jornada terrena. O tempo é curto para frivolidades. Não tenho tempo para perder tempo para nugacidades. Termino, fazendo minhas as palavras do saudoso e inesquecível pensador Rubem Alves, em seu magnífico artigo intitulado “O tempo e as jabuticabas”:

“Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio. Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de ‘confrontação’, onde ‘tiramos fatos a limpo’. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral. Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: ‘as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos’. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa… Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado do que é justo. Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.’ O essencial faz a vida valer a pena… e para mim basta o essencial.

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